segunda-feira, 8 de novembro de 2010

'Pra você correr "mansinho"'

É, realmente o tempo é mestre de muitas circunstâncias, ao longo dele aprendemos a nos adaptar, a acostumarmos-nos até com as mais doridas experiências. Com o tempo passamos a sentir menos dor com as longas distâncias e os afastamentos, com os corações dilacerados por flechas venenonas e vís, com presenças cada dia mais ausentes, com a falta da ausência consentida, com as dores nos joelhos mortos e nos corações tortos. Ah! O tempo! Nos rouba momentos e nos devolve dores, dores que alegram as vezes, lágrimas que afagam e acalmam, mas não deixa de ser um grande ladrão, nos rouba a essência, a alma e a calma, nos rouba a paz, a inocência e a crença.


'Tempo, tempo, mano velho, falta um tanto ainda, eu sei, pra você correr macio'

sábado, 22 de maio de 2010

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Proponho-me a escrever assim, a lápis e sem nexo nem eixo, porque estou me passando a limpo e me perdendo nas linhas de uma agenda branca e guiada.
Proponho-me a chorar desmedidamente e tentar resurgir como uma fênix.
Proponho-me a destruir-me pouco a pouco e reconstruir uma posssível vida, ou desafiar o que morre em mim, e A MORTE DÓI, dói bem mais que a própria dor.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Tudo gira em torno dos olhos, de bola.

A saudade atormenta a cabeça da menina, pulsa como o ventre quando deseja o corpo dos olhos de bola.
A falta consome a menina,a toma por completo, como o frio toma o corpo quando não aquecido pelo calor dos braços dos olhos de bola.
A incompletude machuca a menina, lacera seu peito como as lágrimas que rasgam com força o seu rosto quando quando há impossibilidade de ver os olhos de bola.