domingo, 2 de dezembro de 2007

Que para mim basta!

São estilhaços que estraçalham meu corpo por completo.

São vestígios do imaterial, intocável e inconcreto.

A alma que dilacera o peito infinitamente pálido.


São meus pusilânimes e pungentes anseios de afago.

São meus cautelosos pudores que não me deixam chegar ao âmago.

Em uma busca desenxabida por algo mais cortês e menos fático.


E que busca esta,

Que me leva, que me afasta;

Da realidade – que para mim basta!

Que só machuca e desgasta.


Ó vida ingrata.

Petrificada.

Mal-gasta.

E desalmada.

4 comentários:

Karlinha disse...

Saindo do forno ainda...

Vida petrificada?
Às vezes ela é mesmo.
Mas só às vezes.

Petrifique a sua vida apenas quando o momento for bom.
Como um abraço na sua melhor amiga...
Ou um beijo na pessoa que você ama...
Ou um momento de recordação...

Mas depois, desperte! A vida é muito para ser parada!

Amo você.

Unknown disse...

O texto está muito perfeito, muito profundo, escreve logo esse livro menina!!!!!!!!!!!

Bjaum, Glay!

Anônimo disse...

Seus textos estão, a cada dia, mais lindos e mais carregados de sentimento...
e minha vinda aqui, ainda maais preseirosa!


Adoro mtu vc minha flor.
;*

Clarissa Santos disse...

parece uma faca no coração.